A gruta do Escoural e a sua importância para a pré-história portuguesa Artigo de opinião , 10/08/2025 , Paulo Freitas do Amaral Professor, Historiador e Auto | Jornal “O Breves”–“ Breves TV Online”

A gruta do Escoural e a sua importância para a pré-história portuguesa Artigo de opinião , 10/08/2025 , Paulo Freitas do Amaral Professor, Historiador e Auto Há cerca de 50 mil anos, as primeiras espécies de ho...

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A gruta do Escoural e a sua importância para a pré-história portuguesa Artigo de opinião , 10/08/2025 , Paulo Freitas do Amaral Professor, Historiador e Auto

Publicado por: obreves
2025/08/11 15:48:20
A gruta do Escoural e a sua importância para a pré-história portuguesa Artigo de opinião , 10/08/2025 , Paulo Freitas do Amaral Professor, Historiador e Auto
A gruta do Escoural e a sua importância para a pré-história portuguesa Artigo de opinião , 10/08/2025 , Paulo Freitas do Amaral Professor, Historiador e Auto
A gruta do Escoural e a sua importância para a pré-história portuguesa
Artigo de opinião , 10/08/2025 ,
Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Auto
Há cerca de 50 mil anos, as primeiras espécies de hominídeos utilizaram a Gruta do Escoural como refúgio, marcando um dos mais antigos registos de presença humana em Portugal. Este abrigo natural proporcionava proteção e segurança, e há indícios de que, em determinado momento, a entrada da gruta terá sido deliberadamente bloqueada, sugerindo já um sentido de respeito ou de intenção simbólica por parte dos seus ocupantes.
Durante o Paleolítico Superior, cerca de 35 mil anos atrás, a gruta passou a ser um espaço sagrado para as comunidades de Homo sapiens que a habitaram. Nas suas paredes foram deixadas pinturas rupestres que representam animais como cavalos, veados e bois, criados com pigmentos naturais que resistem ao tempo. Estas imagens refletem uma complexa relação entre o homem e a natureza, onde o simbolismo e o ritual assumiam um papel central.
Com a chegada do Neolítico, aproximadamente há 7 mil anos, o Escoural transformou-se num local funerário. As comunidades usavam a gruta para sepultamentos coletivos, o que revela uma ligação profunda entre o espaço e as práticas sociais e espirituais da época. Este uso prolongado ao longo dos milénios demonstra que a gruta era mais do que um simples abrigo físico; era um local carregado de significado cultural.
A descoberta da Gruta do Escoural no século XX trouxe à luz um conjunto de vestígios arqueológicos fundamentais para o conhecimento da pré-história portuguesa. Além das pinturas, os arqueólogos encontraram artefactos e restos humanos que ilustram a evolução das práticas culturais e sociais ao longo de dezenas de milhares de anos.
Hoje, a Gruta do Escoural é reconhecida internacionalmente e faz parte do património mundial da UNESCO, integrando o conjunto de arte rupestre do arco atlântico. A sua importância transcende o território nacional, sendo um testemunho essencial das primeiras expressões artísticas e simbólicas da humanidade.
Apesar desta relevância histórica ímpar, as visitas à gruta são extremamente difíceis de marcar e o local não faz parte de nenhum roteiro turístico ou histórico oficial no Alentejo.
Esta situação junta-se à polémica e à desilusão causada pelas notícias que anunciaram a abertura do Cromeleque dos Almendres, quando na prática o caminho nunca esteve em condições de ser percorrido com segurança. Os autarcas que circulam entre Évora e Montemor do Novo deveriam estar conscientes de que têm ao seu cuidado alguns dos monumentos mais antigos de Portugal.
A ministra da Cultura também deveria dar-lhes a atenção que merecem, garantindo que estes patrimónios sejam valorizados e acessíveis para que possam cumprir o seu papel na memória e identidade nacional.
POR ,Artigo de opinião , 10/08/2025 ,
Paulo Freitas do Amaral
Professor, Historiador e Autor / O Breves Jornal / breves tv
 
 

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