Sindicatos defendem aumentos salariais para 2026 nos Açores | Jornal “O Breves”–“ Breves TV Online”

As representações sindicais na região reivindicaram hoje, ao Governo dos Açores, aumentos salariais, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2026.

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Sindicatos defendem aumentos salariais para 2026 nos Açores

Publicado por: diretor
2025/09/16 13:53:19

As representações sindicais na região reivindicaram hoje, ao Governo dos Açores, aumentos salariais, no âmbito do processo de auscultação sobre as antepropostas de Plano e Orçamento Regional para 2026.

 

A UGT/Açores disse que nas prioridades do Orçamento Regional para 2026 estão os aumentos salariais e referiu que as privatizações previstas no setor público são “motivo de grande preocupação” para os trabalhadores.

“Para nós, a prioridade [no próximo ano] está nos aumentos salariais, sobretudo na atividade privada”, afirmou Manuel Pavão, em declarações aos jornalistas.

Segundo o responsável, “os aumentos salariais dos últimos anos têm ficado muito aquém do que determinados setores […] poderiam oferecer aos trabalhadores”, indicando como exemplo áreas relacionadas com turismo e atividades conexas, construção civil, grande distribuição e banca.

“Portanto, a nossa prioridade está, neste momento, nos aumentos salariais. Não só do aumento [do salário] mínimo, […] mas aumentar os outros níveis salariais, porque têm sofrido um esmagamento nos últimos anos, que é desmotivante e uma injustiça para aqueles que [estão] a trabalhar há 15, 20 e mais anos”, justificou.

A UGT/Açores também defendeu o “aceleramento nos pagamentos e transferências a fornecedores e entidades com protocolos e acordos com o Governo Regional”.

Prosseguir o reforço de melhoria da formação profissional e o “prosseguimento no esforço de mais medidas sociais” como gratuitidade de creches até apoio aos idosos e aos mais desfavorecidos, são outras das propostas.

No memorando com sugestões que foi entregue hoje ao presidente do executivo de coligação, Manuel Pavão abordou ainda o setor público empresarial regional.

Como o Governo Regional pretende privatizar empresas como a companhia aérea SATA (cujo processo já está em curso), a Portos dos Açores, empresas do grupo EDA – Eletricidade dos Açores e Atlânticoline, entre outras, o líder da UGT açoriano alertou que a iniciativa “está a ser motivo de grande preocupação dos trabalhadores dessas empresas”.

“Como se trata de um processo que acarreta sempre riscos e incertezas, vem-lhes à memória o que aconteceu com a privatização do BCA e Companhia de Seguros Açoriana, que faliram e deixaram mal os trabalhadores, investidores, clientes e a própria região, que perdeu um dos principais instrumentos para acelerar o seu desenvolvimento económico e social”, recordou.

Também a CGTP-IN/Açores referiu que o Orçamento Regional para 2026 deve contemplar um “acréscimo regional ao salário mínimo de cinco para 10%”, para ajudar no combate à pobreza na região.

“O que nós transmitimos é que estes instrumentos de governação têm que se traduzir no combate à pobreza e, aqui, no imediato, há a questão do acréscimo regional ao salário mínimo de cinco para 10% que, como se sabe, nem sequer tem efeitos na despesa pública, mas que será significativo para quem, neste momento, tem salários que já não chegam ao fim do mês”, afirmou Rui Teixeira, em declarações aos jornalistas.

Segundo o sindicalista, para o próximo ano “é também importante o aumento da remuneração complementar”.

Referiu ainda que a região tem apoios públicos às empresas que “devem ser estratégicos e devem priorizar, por um lado, as micro, pequenas e médias empresas, como sendo a parte estruturante do tecido empresarial da região e da economia, e devem privilegiar, sobretudo, a produção regional”.

Por outro lado, Rui Teixeira referiu que não faz sentido “que estes apoios não estejam associados a responsabilidade social das empresas, porque, senão, serão a fundo perdido e não terão efeitos na economia da região e em quem faz funcionar a região e na redução da pobreza”.

Outra preocupação da CGTP-IN açoriana está relacionada com a “dinamização da contratação coletiva”.

“Sem essa dinamização, não haverá evolução na situação social. Vamos continuar com uma situação bastante estagnada, que é algo que nos preocupa e que condiciona a região no presente e condiciona no futuro. Não haverá mão-de-obra qualificada e não haverá mão-de-obra suficiente sem condições para quem trabalha”, disse o dirigente.

Segundo Rui Teixeira, para a estrutura intersindical, “não faz sentido uma região que diz ter crescimento económico e que, depois, esse crescimento económico não se repercute na vida de quem o produz, que são os trabalhadores”.

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