Estudo da CATÓLICA-LISBON revela: pressão social e redes digitais estão a afetar o feitio dos portugueses | Jornal “O Breves”–“ Breves TV Online”

Estudo da CATÓLICA-LISBON revela: pressão social e redes digitais estão a afetar o feitio dos portugueses   Um estudo exploratório conduzido pela Behavior Insights Unit da Católica Lisbon School of Business &...

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Estudo da CATÓLICA-LISBON revela: pressão social e redes digitais estão a afetar o feitio dos portugueses

Publicado por: obreves
2025/10/04 18:41:17
Estudo da CATÓLICA-LISBON revela: pressão social e redes digitais estão a afetar o feitio dos portugueses
Estudo da CATÓLICA-LISBON revela: pressão social e redes digitais estão a afetar o feitio dos portugueses
Estudo da CATÓLICA-LISBON revela: pressão social e redes digitais estão a afetar o feitio dos portugueses
 
Um estudo exploratório conduzido pela Behavior Insights Unit da Católica Lisbon School of Business & Economics, cujo objetivo era estudar as diferenças entre o que os consumidores consideram ser feitio e defeito, lança uma reflexão sobre a forma como os portugueses experienciam — e muitas vezes reprimem — o seu feitio nos dias de hoje.
Através deste estudo promovido por Limiano, os investigadores traçaram um retrato comportamental revelador, que expõe uma tensão crescente entre autenticidade e aceitação social. A análise qualitativa permitiu identificar padrões comuns de comportamento e discurso: a maioria dos participantes sente-se forçada a ajustar ou esconder traços da sua personalidade para se adaptar aos contextos sociais — em particular nas redes sociais, no local de trabalho, na escola e até em ambiente familiar.
Hoje, tanto adultos como crianças estão expostos a um tipo de pressão muito silenciosa, mas altamente eficaz: a de parecerem certos, aceitáveis, encaixados. As redes sociais reforçam essa pressão com padrões implícitos de comportamento, imagem e sucesso, que vão sendo interiorizados de forma quase automática. Com o tempo, o que vemos é uma tendência clara para o apagamento da espontaneidade e da autenticidade — e isso tem consequências emocionais sérias, como ansiedade, insegurança ou cansaço identitário. O regresso à rotina, ao trabalho e à escola é, para muitas pessoas, um momento em que se volta também a vestir uma personagem social. Um dos dados mais significativos do nosso estudo foi perceber que muitos entrevistados associam o início do ano laboral ou letivo à necessidade de ‘voltar a esconder o feitio’ para não gerar conflito ou para facilitar a aceitação. Isto levanta questões relevantes sobre como estamos a educar — e a ser educados — para a conformidade.
Equipa de investigadores da Behavior Insights Unit da CATÓLICA-LISBON
Mas o que é afinal “feitio”? E onde começa o “defeito”?
Outro dado relevante do estudo é que a esmagadora maioria dos participantes considera que todas as pessoas têm feitio — ou seja, uma forma própria de ser, uma expressão da personalidade individual. E essa característica é vista como algo estável, abrangente e, muitas vezes, inato.
Por outro lado, o “defeito” é interpretado como algo mais negativo, específico e, em alguns casos, até modificável. O limiar entre um e outro, no entanto, é fluido, relacional e contextual. Muitos participantes referem que certos traços — como teimosia, frontalidade, sensibilidade ou timidez — são vistos como defeito num contexto e como valor noutro.
Há também uma leitura interessante sobre como a maturidade, a experiência e o autoconhecimento podem transformar a perceção sobre esses traços ao longo da vida.
Ser frontal pode ser lido como sinceridade ou como agressividade. Ser reservado pode ser visto como timidez ou como discrição. O que o estudo nos mostra é que estamos sempre a negociar os nossos traços com os contextos à nossa volta.
Equipa de investigadores da Behavior Insights Unit da CATÓLICA-LISBON
O “mau feitio simpático” que todos reconhecem
Um dos blocos mais leves — mas muito identificável — do estudo explora como os portugueses vivem o feitio nas suas relações mais próximas. O “mau feitio” matinal, o resmungão que afinal é afetuoso, ou a sogra que é mais bem-disposta do que parece, são exemplos que surgem de forma espontânea nas entrevistas.
Os participantes reconhecem traços como teimosia, impaciência ou rabugice, mas associam-nos frequentemente a pessoas queridas, próximas, e até com algum carinho. O chamado “mau feitio simpático” é valorizado por muitos como sinal de autenticidade — desde que haja empatia, coerência e bons valores.
Sobre o estudo
Este estudo qualitativo foi desenvolvido pela Behavior Insights Unit da Universidade Católica Portuguesa, a partir de 50 entrevistas em profundidade com participantes de diferentes faixas etárias.
O objetivo foi compreender, com base em análise comportamental e psicológica, de que forma os portugueses vivem e ajustam a sua identidade em diferentes contextos sociais, e como lidam com a sua autenticidade num mundo cada vez mais normativo.
A investigação foi promovida com o apoio da marca Limiano, no âmbito da campanha “Feito de Feitio”.
POR - 02/10/2025 -Joana Cunha
Lift Consulting Senior Communication Account / O Breves Jornal / breves tv

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