O vice-presidente do Governo Regional dos Açores defendeu hoje que o Orçamento da Região tem de contemplar verbas para dar continuidade ao projeto “Novos Idosos”, financiado até 2026 pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
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“Se custa 9 ou 10 milhões, para mim é irrelevante. Se um governo não tem 7, 8, 9, 10, 11, 12 milhões para financiar este programa, pode ir para casa. Eu nem sequer concebo que um governo diga que não tem dinheiro para financiar este programa”, afirmou Artur Lima.
O vice-presidente do executivo açoriano, que implementou o projeto “Novos Idosos” quando tutelava a área da Solidariedade Social, falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, na apresentação dos resultados da avaliação feita ao programa entre 2022 e 2025.
Artur Lima, líder do CDS-PP/Açores, integra desde 2020 o Governo Regional da coligação PSD/CDS/PPM, como vice-presidente do executivo.
O programa “Novos Idosos” atribui um apoio mensal até 948 euros para que os idosos possam ter um cuidador, até 40 horas por semana, sendo ainda acompanhados por equipas técnicas, o que permite evitar a sua institucionalização.
Tinha como meta abranger 425 idosos até ao final de 2025, mas, segundo os dados apresentados hoje, desde 2022 já chegou 519 utentes, num investimento de perto de 14,6 milhões de euros, suportados pelo PRR.
O vice-presidente do Governo Regional disse que concebeu este programa quando ainda estava na oposição e, apesar de já não tutelar a área, assegurou que terá continuidade após a conclusão do Plano de Recuperação e Resiliência.
“Eu já nem quero saber se a União Europeia financia ou deixa de financiar. Se não houver dinheiro da União Europeia e se eu estiver no Governo tem de haver dinheiro do Orçamento Regional. Isto é inquestionável, porque o Governo poupa dinheiro com isto”, vincou.
Num balanço da implementação do programa, Artur Lima lembrou as dificuldades colocadas pelas estruturas de missão do PRR, tanto a nível nacional, como a nível regional.
“Iam-nos levando ao tapete, mas nós somos mais resistentes e mais resilientes do que as estruturas de missão da União Europeia. E hoje a União Europeia reconhece isto”, frisou.
Destacou as “numerosas cartas de gratidão” que recebeu nos últimos anos e os elogios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
“Num relatório publicado recentemente, a OCDE refere o potencial dos ‘Novos Idosos’ para, a longo prazo, reduzir os custos com cuidados de saúde, em particular para os segmentos da população com menos rendimentos e mais afetados por doenças crónicas”, salientou.
Segundo um estudo feito pela empresa Aplixar, do Porto, apresentado hoje pela coordenadora da Estrutura de Missão para a Promoção de Respostas Sociais para Idosos, Ana Mendes, 68,1% dos beneficiários disseram estar “extremamente satisfeitos com o programa” e 31,9% “bastante satisfeitos”.
Sem este programa, 41,2% dos idosos afirmaram que “seria bastante, muito ou extremamente provável estarem institucionalizados”.
O estudo, que abrangeu 238 idosos de cinco concelhos, fez uma comparação entre as condições que os utentes apresentavam no início do programa e após a sua implementação.
“Na avaliação inicial, 18% eram totalmente dependentes. Depois da integração no programa, 39,4% ficaram mais autónomos”, revelou Ana Mendes.
A avaliação indicou ainda que 30,5% dos idosos reduziram o risco de queda, 57,7% aumentaram a qualidade de vida e 60,3% melhoraram as funções cognitivas.
No inquérito, 71,6% dos idosos referiram estar mais ativos, 69,7% disseram sentir-se mais serenos, 61,3% reconheceram que aumentaram a sua capacidade cognitiva e 88,4% referiram que estavam mais satisfeitos com a vida.
“Relativamente a sentimentos e emoções negativas, 82,5% referem que agora se sentem menos tristes, 78,1% sentem-se menos ansiosos ou angustiados e 80,6% sentem-se menos sozinhos”, acrescentou a coordenadora da estrutura.
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