Declarações finais do Sr. Deputado João Mendonça do Partido Popular Monárquico, neste plenário de novembro, relativo ao Plano e Orçamento 2026.
Declaração Final – 26/11
Plano e Orçamento - 2026
Sr. Presidente,
Senhoras e Senhores Deputados,
Sr. Presidente,
Senhoras e Senhores membros do Governo,
O PS anunciou em cada intervenção, uma tragédia e lançou pedradas em cada
frase.
Cada parágrafo foi o anúncio do fim dos tempos.
É só escuridão. Só ruína. Só desgraça.
E, como a repetição é a forma mais sincera de desconsideração, repetiram
tanto as mesmas críticas que acabaram por lhes retirar qualquer crédito.
Mas esta sessão ficou marcada por outro fenómeno digno de nota: o regresso
do antigo líder parlamentar do PS, Berto Messias.
É a segunda vinda do Messias a esta casa como líder parlamentar
A metáfora é irresistível: o Messias regressa, e logo surgem as profecias do
fim do mundo.
Entremos agora na substância. E na contradição que marcou este debate:
- Exigem mais investimento;
- Condenam a dívida;
- Reclamam mais obra,
- Pedem mais despesa, mas criticam a realização de despesa.
Querem tudo. Querem o contrário de tudo.
Afinal, como se financia mais investimento sem aumentar a despesa?
A verdade é esta: prevê-se que a dívida dos Açores atinja 56,7% em 2026.
Agora vejamos:
Na Madeira é 72,2%.
Em Portugal 95%.
Em Espanha 104,3%.
Em Itália 135%.
Na Grécia 158%.
Em França 113%.
No Reino Unido 101,3%.
Nos Estados Unidos 124%.
Até a cautelosa Alemanha está nos 63%.
Pergunto-vos: quem está verdadeiramente endividado?
Os Açores, com 56,7%, muito menos que todos os outros que acabei de citar.
Passemos agora ao crescimento económico.
O PS insiste que tudo é fruto do acaso e da conjuntura.
Que o Governo teve sorte. Que o vento soprou a favor.
O turismo cresce como nunca, já representa mais de 17% do PIB, e dizem que
a culpa é da conjuntura.
Quando governaram entre 1996 e 2020, a conjuntura era tão tímida que nunca
lhes trouxe estes números.
- Porquê?
- Será que o turismo não existia?
- Será que os turistas esperaram pelo fim do Governo Socialista para
aparecer?
O turismo não apareceu ontem.
E não deixa de ser irónico: vivemos guerras comerciais, um conflito na Ucrânia,
instabilidade no Médio Oriente e mesmo assim dizem que estamos perante “a
melhor conjuntura de sempre”.
Se isto é a melhor de sempre, imagine-se como teriam sido as piores…
Depois temos 52 meses seguidos de crescimento económico.
De novo, dizem que é sorte.
Que é fruto do acaso.
Que é o vento.
Será acaso que tenhamos IRS, IRC e IVA 30% mais baixos que no continente?
Será acaso que a inflação seja mais baixa na Região?
Será acaso que as exportações estejam no valor mais alto de sempre?
Será acaso que nunca se tenha investido tanto em saúde e educação?
Será acaso existir mais emprego do que nunca?
Repeti “acaso” várias vezes, porque essa tem sido a palavra preferida do PS.
Mas acaso não é política.
Acaso não é estratégia.
Acaso não cria crescimento.
O que cria crescimento são decisões, reformas e escolhas.
- E este Governo tomou-as!
A política de migrações é reconhecida como um êxito.
O apoio à comunicação social é o mais robusto de sempre.
E o setor espacial nos Açores entrou na sua fase decisiva.
Estão previstos lançamentos suborbitais e orbitais e um Centro Tecnológico
Espacial em Santa Maria capaz de receber veículos vindos do espaço.
Para o PS é um pequeno passo. Para o futuro dos Açores é um passo de
gigante.
Os Açores podem — e vão — duplicar o seu PIB até 2028.
Esta é uma fase de ouro para a nossa economia.
A Representação Parlamentar do PPM considera essencial avançar, já este
ano:
- Com a reabilitação da aerogare,
- Com a construção da gare marítima;
- E com a realização de várias obras essenciais nas infraestruturas da ilha.
O Governo assumiu esse compromisso.
O PS pode continuar a anunciar o fim do mundo.
Nós preferimos anunciar o futuro.
E, mais do que anunciá-lo é construí-lo — ilha a ilha, pessoa a pessoa, dia
após dia.
POR -João Mendonça – 26/11/2025 - Declaração final do Sr. Deputado do PPM no plenário de novembro
/ O Breves Jornal / breves tv
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