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Natal Ambientalmente mais consciente APPAA deseja um Natal ambientalmente mais consciente Foi amplamente divulgado o apelo lançado pelo Parque Natural de Ilha de S. Miguel, para que não se colha, ou apanhe, o Esfagno, mais conhecido por ...

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Natal Ambientalmente mais consciente

Publicado por: obreves
2025/12/10 01:32:50
Natal Ambientalmente mais consciente
Natal Ambientalmente mais consciente
Natal Ambientalmente mais consciente
APPAA deseja um Natal ambientalmente mais consciente
Foi amplamente divulgado o apelo lançado pelo Parque Natural de Ilha de S. Miguel,
para que não se colha, ou apanhe, o Esfagno, mais conhecido por “musgão”, nesta época
natalícia, para a construção de presépios. Acrescenta o aviso que a “sua prática constitui
uma contraordenação ambiental muito grave”.
A APPAA - Associação para a Promoção e Proteção Ambiental dos Açores - associou-
se à divulgação do apelo, já que considera que este elucida com clareza a importante
função do Esfagno para a retenção da água da chuva, evitando a erosão dos solos,
contribuindo para a regularização do caudal das ribeiras, diminuindo o risco de
enxurradas. Mais, desempenha um importante papel na purificação da água e no
aumento das suas reservas subterrâneas. Normalmente está associado a outras espécies
de briófitas, geralmente chamados “musgos” e outras plantas nativas de pequeno porte.
Perante reações negativas sobre aquele apelo, com argumentos como “sempre se fez
assim”, ou “é o presépio tradicional”, a APPAA considera justificável reforçar o
esclarecimento sobre os perigos em que se incorre com a perpetuação destas práticas.
Bastaria um facto comprovado recentemente pelo IVAR - Instituto de Investigação em
Vulcanologia e Avaliação de Riscos - que divulgou um estudo realizado nos últimos 42
anos na Ilha de S. Miguel, para que se deixasse de utilizar, em definitivo, o “musgão”.
Na verdade, os dados recolhidos no estudo mostram que houve uma diminuição de 25%
na quantidade média de queda de chuva naquela ilha ao longo daqueles anos. Na última
década agravou-se a diminuição da precipitação, pelo que é ainda mais necessário tomar
medidas para evitar que a água falte.
A Floresta da Laurissilva, onde o Esfagno se desenvolve, tem uma expressão reduzida,
mas a sua proliferação constituiria a melhor forma de reter e garantir a qualidade de
água de que dispomos. O que se comprovou para a Ilha de S. Miguel é um modelo que
não será significativamente diferente das outras ilhas da Região. Deste modo, não
chegam os esforços desenvolvidos pelos programas de recuperação. Todos os cidadãos
têm a responsabilidade de contribuir para cuidar da natureza, no mínimo, não
contrariando os esforços que são desenvolvidos para a sua preservação.
Na sequência dos rituais ancestrais na Europa e Ásia que comemoravam o solstício de
inverno, como forma de festejar o fim do declínio do sol e da natureza, as igrejas cristãs
adotaram esta época para comemorar o nascimento de Jesus Cristo, filho de Deus, o
qual é considerado, por aquelas, como o único “Criador de todas as coisas”.
Não se entende, então, que se contribua para a destruição do que foi criado por essa
entidade, com o pretexto de a homenagear. Muito menos se entende que os crentes se
achem no direito de destruir a obra do seu Criador, para o venerar! Seria uma
contradição inexplicável.
Além das crenças individuais, existem os factos que obrigam a todos defender o seu
meio ambiente, protegendo a sua segurança, o seu bem-estar e o de toda a sociedade.
A APPAA apela a que, que nas decorações de Natal, sejam apenas utilizadas as espécies
que são autorizadas e certificadas.
A APPAA considera positiva a criação de viveiros de plantas pelas autarquias locais e a
utilização das que são aí criadas para a construção de presépios. A utilização de espaços
naturais em zonas urbanas para as decorações de Natal salienta muito melhor o cenário
que se quer representar.
O exemplo deveria ser seguido por todas as famílias, usando os recantos disponíveis
para a criação de plantas. Os espaços verdes, ajardinados, são um contributo importante
para a saúde física e mental de todos os cidadãos.
A APPAA deseja que este Natal seja de boas festas, com boa saúde e o fim do declínio
da Natureza, inclusive no espaço urbano, com a recuperação de espaços empedrados e
cimentados, voltando estes a ser espaços onde cresçam as plantas ornamentais (também
para o Natal) e as outras plantas aromáticas, medicinais e, sobretudo, as plantas nativas
adaptadas ao respetivo habitat.
POR-
Ribeira Grande, 9 de dezembro de 2025
A Direção -
Associação APPAA / O Breves Jornal / breves tv
 
 

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