“Retalhos da vida” de António Soares de Sousa em exposição a partir de 18 de setembro no Centro Municipal de Cultura
10 de setembro de 2020
A exposição “Retalhos da vida” de António Eduardo Soares de Sousa vai estar patente ao público, na Galeria do Centro Municipal de Cultura (CMC) de Ponta Delgada, de 18 de setembro a 23 de outubro.
A inauguração acontecerá às 17h00 do próximo dia 17 de setembro e será limitada ao artista e ao representante da Câmara Municipal de Ponta Delgada, tendo em conta as restrições impostas em consequência da pandemia Covid-19, sobretudo no que respeita ao distanciamento social.
Todos os interessados em visitar a exposição de Soares de Sousa devem que higienizar as mãos à entrada e à saída do CMC, usando os dispensadores disponibilizados no local. O uso de máscara é obrigatório.
A entrada de pessoas deve ser efetuada de forma individual e espaçada para garantir o distanciamento social.
Tendo em conta as medidas de redução de risco de transmissão da Covid-19, no espaço onde vai estar patente a exposição apenas podem estar 4 pessoas de cada vez e por um curto período de tempo.
A exposição, que pode ser visitada de segunda a sexta feira, entre as 09h00 e as 17h00, e aos sábados, das 14h00 às 17h00, é constituída por 19 aguarelas e dois desenhos a guache e resulta de uma doação feita pelo próprio António Eduardo Soares de Sousa ao Município de Ponta Delgada.
Os desenhos que compõem “Retalhos da vida” incidem sobre dois temas: o ser humano e a paisagem.
No conjunto, reconhece-se, uma vez mais, o gosto do arquiteto pela aguarela, que atravessa todos os seus desenhos e é marca distintiva da atividade do arquiteto/urbanista.
Seguindo e aproveitando a luz e a transparência próprias do medium, são imaginados espaços de fabulação onírica, que se mantêm num domínio intersticial entre a figuração e o exercício formal da abstração. Mais do que tudo, são imagens de composições que surgem no prazer do próprio entretimento do contacto com a matéria de que são feitas.
Esta é a primeira exposição que o CMC recebe depois da pausa provocada pela Covid-19.
Como escreve a Presidente da Câmara, Maria José Lemos Duarte, no catálogo da exposição, “o Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada reabre as suas portas para o diálogo entre os artistas e o público, numa comunicação assegurada através da Arte”, com uma “expressão de alegria e de gratidão, pois gradualmente, estamos a retomar a atividade cultural nos moldes a que estávamos habituados”.
A edil considera que a exposição de Soares de Sousa “enriquece a oferta cultural de Ponta Delgada” e agradece ao arquiteto “a oferta das obras, a possibilidade de a partilharmos com o público e, sobretudo, por ao longo de toda a sua carreira nos ter convidado a um outro olhar estético e cultural sobre o nosso património e nos presentear com o seu talento enquanto pintor.”
Ainda no catálogo da exposição, a assessora para Artes Visuais da Câmara de Ponta Delgada, Maria José Cavaco, escreve: “a nossa perceção destas aguarelas é invadida pela evidência do gosto pelo fazer, pela evidência do divertimento implicado em brincar com formas e cores, pela evidência também das longas horas de distração vividas nestes retalhos (...)”.
“Estas aguarelas parecem ter um (in) certo movimento intrínseco. Talvez seja esta afinal a tal “física do mundo” que se infiltra nas paisagens de António Eduardo. ” - acrescenta.
António Eduardo Soares de Sousa nasceu em Ponta Delgada, em 1932.
Com o Curso Superior de Arquitetura, pela Escola de Belas Artes de Lisboa, esta foi sempre a sua atividade principal.
Ao longo da sua vida, ganhou destaque individual na região, no país e no nível internacional e as suas obras podem ser vistas em espaços culturais como o Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, a Casa dos Açores em Lisboa e a Casa dos Açores em Faro e em várias coleções particulares.
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