BE faz aprovar voto de saudação a escritores e músicos que marcam posição contra o racismo | Jornal “O Breves”–“ Breves TV Online”

BE faz aprovar voto de saudação a escritores e músicos que marcam posição contra o racismo ARTIGO | QUINTA, 10 SETEMBRO 2020 O parlamento dos Açores aprovou hoje por unanimidade um voto de saudação a um grupo de músicos e escritores - entre os quais a...

, be, faz, aprovar, voto, de, saudação, a, escritores, e, músicos, que, marcam, posição, contra, o, racismo, artigo, |, quinta, 10, setembro, 2020, o, parlamento, dos, açores, aprovou, hoje, por, unanimidade, um, voto, de, saudação, a, um, grupo, de, músicos, e, escritores, -, entre, os, quais, a

BE faz aprovar voto de saudação a escritores e músicos que marcam posição contra o racismo

Data: 2020/09/10
Visualizações: 0
Incorporar
BE faz aprovar voto de saudação a escritores e músicos que marcam posição contra o racismo
ARTIGO | QUINTA, 10 SETEMBRO 2020
O parlamento dos Açores aprovou hoje por unanimidade um voto de saudação a um grupo de músicos e escritores - entre os quais alguns açorianos - que subscreveram cartas abertas contra o racismo.
Paulo Mendes, deputado do Bloco de Esquerda que apresenta o voto, assinalou que “o discurso de ódio com motivação racial, orientação sexual ou de género não é mera opinião, ao abrigo da liberdade de expressão, pois atenta contra a liberdade não só individual como coletiva de grupos étnicos e contraria a sã convivência entre etnias nas sociedades multiculturais que têm na diversidade a sua principal riqueza ”.
Para os subscritores destas cartas abertas, o racismo e a intolerância não precisam de espaço para respirar, nem são simples idiossincrasias da sociedade.
Compactuar, ativa ou passivamente, com manifestações de racismo e de discursos de ódio é atentar contra os Direitos Humanos e é sintomático do saudosismo de um passado opressor e segregador.
Joel Neto, Madalena San-Bento, Onésimo Teotónio Almeida, Paula Sousa Lima, Camané, João Gil, Jorge Palma, Mário Laginha, Rita Redshoes e Salvador Sobral são alguns dos músicos e escritores subscritores das cartas abertas contra o racismo.
VOTO DE SAUDAÇÃO
Joel Neto, Madalena Sanbento, Onésimo Teotónio Almeida, Paula Sousa Lima,
Camané, João Gil, Jorge Palma, Mário Laginha, Rita Redshoes e Salvador Sobral são
alguns dos músicos e escritores subscritores das cartas abertas contra o racismo.
Estas cartas abertas são um sinal de reconhecimento de que a nossa sociedade não
está imune ao preconceito, discriminação e até violência com motivações étnicas.
Um reconhecimento de que todas as vidas importam em regimes democráticos e de
Estado de Direito.
Os subscritores destas cartas abertas sabem da importância de contrariar a tendência
crescente de normalização de discursos e lógicas preconceituosas e perigosamente
discriminatórias com um potencial de violência considerável.
O discurso de ódio com motivação racial, orientação sexual ou de género não é mera
opinião, ao abrigo da liberdade de expressão, pois atenta contra a liberdade não só
individual como coletiva de grupos étnicos e contraria a sã convivência entre etnias
nas sociedades multiculturais que têm na diversidade a sua principal riqueza.
Os subscritores destas cartas abertas estão cientes de que o racismo não se encontra
delimitado a uma certa América profunda onde saudosistas das sociedades
segregacionistas tentam voltar atrás no tempo através de desfiles que envergonham a
democracia e o Estado de Direito.
Demonstrações de discriminação com recurso a excessiva violência física policial
contra cidadãos negros só têm sido possível também devido à passividade e ao
ressurgimento de políticos instigadores do preconceito e da discriminação com eco na
Administração norte-americana com o expoente máximo na figura do seu presidente.
Podíamos pensar que a Europa da União estaria a salvo de pensamentos tão
reacionários que nos fizessem recuar à perseguição e tentativa de extermínio dos
judeus perpetrado pelo nazismo durante a II Guerra Mundial.
Uma União Europeia que, infelizmente, teima em encerrar-se sobre si próprio e que,
porventura, só não defende a ideia aberrante da construção de um muro à sua volta,
porque tem no Mar Mediterrâneo e um Acordo vergonhoso com a Turquia um
subterfugio para parecer mais civilizada.
I Grupo Parlamentar I
Quantos refugiados perecem no Mar Mediterrâneo? Se todas as vidas
valem o mesmo, porque morrem às centenas refugiados no Mar Mediterrâneo? E os
campos de refugiados às portas da civilização europeia? O que são senão
antecâmaras de campos de concentração.
Não podemos dissociar o preconceito à discriminação porquanto o primeiro alimenta o
segundo, e o outrora judeu enganador, velhaco e usurpador é atualmente o refugiado
terrorista que vem para impor a sua cultura e religião, roubar os empregos dos
europeus e até as mulheres.
O nosso país também não é um oásis à beira mar plantado, onde imperam os brandos
costumes, a tolerância e o são convívio entre etnias.
Até parece que o nosso passado colonialista não influencia a nossa sociedade atual.
Até parece que no nosso passado recente não impusemos, pela força, a nossa
soberania sobre povos que procuraram e, felizmente, alcançaram a sua
autodeterminação.
Até parece que não tivemos vítimas e estropiados de uma guerra colonial sem sentido,
e que não sobraram quaisquer consequências sociais e culturais nos tempos que
correm, entre as quais o racismo, quer na sua expressão flagrante e assumida quer na
sua expressão subtil e subentendida.
Para os subscritores destas cartas abertas, o racismo e a intolerância não precisam de
espaço para respirar, nem são simples idiossincrasias da sociedade.
Compactuar, ativa ou passivamente, com manifestações de racismo e de discursos de
ódio é atentar contra os Direitos Humanos e é sintomático do saudosismo de um
opressor e segregador passado.
I Grupo Parlamentar I
Assim, nos termos regimentais e estatutários aplicáveis, a Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos Açores aprova um Voto de Saudação aos
escritores e músicos subscritores das cartas abertas contra o racismo.
Horta, Sala das Sessões, 10 de setembro de 2020
O Grupo Parlamentar do BE / Açores
(António Lima)
(Paulo Mendes)
Nenhuma descrição da foto disponível.
 
 
 
Curtir
 
Comentar

Comentários

 
 
 
 
 
 
 
ícone de selo
Administrador
 4 min 
Quem se recorda destes tempos?
Foi assim que Crescemos »» O Breves Jornal / breves tv .
" Chamar a atenção daquilo que foi a emigração de São Jorge."- Décio Pereira ( Presidente da Câmara Municipal da Calheta.…
Ver mais
0:03 / 12:05
Curtir
Comentar

Comentários

Avisos

​
Powered by WebTV Solutions