Projeto procura perceber de que forma os neurónios codificam o prazer e o aversão
Investigadora estuda a origem das doenças mentais no cérebro humano
Ana João Rodrigues, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola
de Medicina da Universidade do Minho, está a desenvolver um projeto de investigação,
'Codificando recompensa e aversão no cérebro dos mamíferos: o papel esquecido do endógeno
opioides ', que visa perceber de que forma o cérebro codifica o prazer e o aversão. O objetivo a
longo prazo é compreender os mecanismos ligados às doenças mentais, como a depressão e a
adição.
“Desde que acordamos somos inundados com informação e o nosso cérebro evolui a filtrar e a
focar-se em estímulos que são emocionalmente relevantes, atribuindo-lhes valências. Quando
temos um estímulo que é recompensador e atrativo, atribuímos-lhe uma valência positiva, se
for mau ou aversivo, a valência é negativa. O nosso comportamento está de acordo com o selo
atribuído àquele estímulo”, afirma Ana João Rodrigues.
E continua: “Este projeto tenta perceber a forma como o nosso cérebro codifica o prazer e a
aversão, como algo positivo e algo negativo, com o objetivo de compreender o que está na
base de algumas decisões que tomamos. Em algumas doenças, como a depressão e a adição,
os indivíduos têm défices neste sistema que codifica o prazer e a aversão. Ao
compreendermos como isto acontece, do ponto de vista fisiológico, é possível perceber o que
acontece quando está disfuncional.”
A investigadora considera que o financiamento de 500 mil euros do Programa Health Research
2020, da Fundação “la Caixa”, é “muito importante”, porque vai permitir comprar
equipamento para avaliar a atividade dos neurónios e “fazer ciência de elevada qualidade”,
originando “descobertas importantes para a comunidade científica”.
Sobre a Escola de Medicina da Universidade do Minho - A Escola de Medicina da Universidade do
Minho (EM-UM) nasceu em 2000 como Escola de Ciências da Saúde. A sua identidade é marcada pela
solidariedade e coesão, pela cultura da avaliação e pela transparência e responsabilidade social. A EM
integra um cluster que conta com a participação do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da
Saúde (ICVS), do Centro Clínico Académico 2CA Braga, do Centro de Medicina Digital P5 e da Associação
Ciência, Inovação e Saúde (B´ACIS). Mais informação em https://www.med.uminho.pt/pt.

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