Aos Açorianos
Nos Açores, a 8 de Setembro de 2020, o PS chumba em Assembleia a proposta do CDS-
PP referente ao descongelamento da carreira dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e
Terapêutica. Os TSDT's reinvindicam o descongelamento na nova carreira, com
Estabelecimento de um mínimo de 1,5 pontos por ano, a correta distribuição dos
profissionais pelas 3 categorias e a contagem integral dos anos de serviço para quem
se encontra em contrato individual de trabalho.
Pelas mãos deste Governo dos Açores, e sem atender às propostas dos sindicatos, é-
lhes atribuídos 1 ponto por ano; profissionais com 10 e mais anos de exercício
começar a fazer zero, em pé de igualdade com colegas recém-admitidos, à espera de
progredir; agrava-se a situação de profissionais em regime de contrato individual de
trabalho (CIT), alguns a trabalhar há 15 anos na região, que não foram contemplados
nas transições e viram todo o seu tempo de serviço ser apagado!
1 ponto por ano! Enquanto outras carreiras de licenciados na saúde recebem 1,5
pontos ou mais. E pontos significam anos de serviço prestados aos utentes da Região e
dedicação dos profissionais em prol de melhor saúde.
Sentiram os TSDT’s açorianos (iludidos, agora sabemos) a esperança de, pelo exercício
da autonomia, ser tratados com equidade à semelhança do que aconteceu com outras
profissões na Região Autónoma dos Açores, como é o caso dos professores, de forma
justa. Ou como aconteceu com os seus colegas na Região Autónoma da Madeira. Para
nossa surpresa, além de nos ser negada essa equidade, vemos agravadas as injustiças
que nos tinham sido aplicadas, conseguindo o Governo dos Açores ser ainda mais
lesivo dos direitos destes profissionais.
E se esta decisão foi tomada pelo Governo PS, poderia ter sido corrigida em
Assembleia Regional, o último reduto da democracia em representação dos cidadãos
açorianos. Os partidos do CDS-PP e PSD e um abaixo assinado propunham fazer jus às
reivindicações dos profissionais. A oposição, em uníssono, votou pela defesa dos
direitos dos trabalhadores. O PS chumbou a proposta do CDS-PP que incidia sobre a
contagem de anos de serviço! Não apresentou um único motivo credível para justificar
a sua posição, escudando-se nos diplomas nacionais e num Orçamento de Estado –
quando a Região tem o seu próprio orçamento, recentemente reforçado em 95
milhões de euros para a saúde – e portanto negando a Autonomia dos Açores. Vence
a votação simplesmente por estar em maioria.
Neste dia, o PS reiterou uma injustiça gritante contra 380 profissionais que se
esforçam diariamente por cuidar de quem precisa. Mão pesada, esta do PS que nega a
Autonomia de uma Região. Que faz pensar que só importam os números, já que para
4000 Professores foi possível legislar favoravelmente, reparando erros cometidos pelo
Governo Central e para 380 profissionais da saúde tal não é possível. 380. Pessoas e
não números. Com família, filhos, compromissos. Perante uma câmara unida, da
direita à esquerda, incluindo monárquicos e independentes, este PS só vence – sem
argumentos – por ter 30 deputados.
Em risco está a AUTONOMIA, quando não é exercida para representar os cidadãos e
trabalhadores Açorianos. Em risco está a DEMOCRACIA, quando a injustiça vence só
porque um partido detém mais lugares.
Pelas 9 ilhas dos Açores, os TSDT’s estão de luto. Pela Autonomia. Pela Democracia. E
por uma Carreira. A dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, aqui nos
Açores.
Atentamente, sempre ao serviço da saúde dos Açorianos,
Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica dos Açores.