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Artigo de opinião de Isabel Morais, presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia (APECE) A Pessoa e a Ostomia O termo ostomia é usado para designar a abertura construída para a exteriorização à pele de uma víscera oc...

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Artigo de opinião de Isabel Morais, presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros

Data: 2020/09/17
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Artigo de opinião de Isabel Morais, presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros
de Cuidados em Estomaterapia (APECE)
A Pessoa e a Ostomia
O termo ostomia é usado para designar a abertura construída para a exteriorização
à pele de uma víscera oca, através de uma intervenção cirúrgica, com o objetivo de
criar um trajeto.
A construção de uma ostomia pode acontecer por diversas causas e os tipos de
estoma são denominados em função do segmento exteriorizado. Assim, se é um laringe
que é retirada, diz-se que uma pessoa fica com uma laringectomia (ostomia respiratória);
se é exteriorizado o intestino delgado, diz-se que uma pessoa fica com uma ileostomia
(ostomia digestiva); se é o intestino grosso, diz-se que uma pessoa fica com uma
colostomia (ostomia digestiva); e se são os ureteres exteriorizados, diz-se que a
pessoa fica com urostomia (ostomia urinária). Portanto, podemos acrescentar que a
pessoa com ostomia é aquela que após uma cirurgia fica com um estoma.
Em Portugal, estima-se que existam cerca de 15 mil pessoas com ostomia, dos quais
80% a 90% por patologia oncológica e destas, as mais frequentes, são as digestivas.
O primeiro impacto após o diagnóstico clínico ou no pós-operatório com a
confrontação da presença da ostomia, pode gerar um padrão emocional negativo não
só pela presença da doença, mas pelas adaptações impostas pela presença do
estoma. Esta necessidade de aquisição de novas capacidades pode gerar sensações
de perda de autocontrolo e consequentemente, implicações na autoestima com
repercussões na qualidade de vida.
Os problemas psicossociais também são comuns e resultam de alterações inevitáveis
como a alteração da imagem corporal, sensação de mutilação, inferioridade e rejeição
de si mesmo, a insegurança o medo de não ser capaz de gerir a nova condição. No
caso das pessoas com ostomia digestiva, o receio de ruídos involuntários (gases), do
dispositivo descolar, pode conduzir ao isolamento, à marginalização social, à redução
das atividades de lazer e participação nas atividades familiares e sociais.
Se por um lado algumas pessoas encaram a ostomia como potencial para a cura,
atribuindo-lhe como um valor essencial para o tratamento, por outro lado a ostomia
pode representar a existência da doença, tornando mais difícil a aceitação da ostomia
do que a própria doença.
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Sabemos também que uma boa adaptação aos dispositivos está diretamente
relacionada com a qualidade de vida da pessoa com estoma, proporcionando
segurança e conforto, essenciais para retomar as atividades da vida diária, facilitando
a integração não só familiar como social.
Os últimos anos, caracterizaram-se por terem sido um período altamente relevante
porque se despertaram consciências e foi possível a realização de um trabalho
conjunto com profissionais de saúde qualificados nesta área. Neste momento, a nível
nacional, existe um regulamento baseado na legislação para estabelecer diretrizes
nacionais para pessoas com ostomia que garantam os direitos de acesso ao material e
de cuidados de saúde.
Em termos das necessidades de cuidados em saúde, foi também identificado o
Enfermeiro com prática Diferenciada e Avançada em Estomaterapia reconhecida pela
Ordem do Enfermeiros que aprovou, o projeto de Regulamento da Competência em
Estomaterapia e definiu o perfil do Enfermeiro de Estomaterapia.
A publicação destes documentos permitiu a consolidação e a abertura de novas
consultas de Estomaterapia na maioria das Unidades Hospitalares e em diversos
serviços na comunidade, no Continente e Ilhas. Os cuidados de Enfermagem de
Estomaterapia, em Portugal, caracterizam-se por elevados padrões científicos e de
diferenciação, assim, os Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia acompanham os
avanços tecnológicos e, as técnicas cirúrgicas, os dispositivos e os acessórios para os
cuidados à ostomia e pele peri-estoma, disponibilizando à pessoa com ostomia e
família respostas adequadas à sua condição.
Para a pessoa com ostomia deixo algumas palavras, que espero tranquilizadoras: use
apenas os materiais indicados à sua situação e às suas necessidades, indicados pelo
Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia. Esteja atento aos sinais de complicações
e consulte o Enfermeiro de Estomaterapia sempre que tenha qualquer dúvida.
Não deixe que a presença de um estoma limite a sua vida, estamos aqui para o ajudar
a recuperar o seu bem-estar e a seguir em frente. Conte connosco.
Cláudia Sampaio
Consultora de Comunicação
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