Comunicado de Imprensa
Recomendação da APDP no âmbito da pandemia de COVID-19
Crianças e jovens com diabetes tipo 1 devem regressar
à escola e não ser estigmatizados
Lisboa, 22 de setembro de 2020 - Neste início do novo ano letivo A Associação
Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) apela a uma resposta rápida e clara
sobre as opções de ensino oferecidas a todas as crianças e jovens com diabetes tipo
1. A associação reforça ainda que as famílias precisam agora, mais do que nunca, de
orientação de equipas de saúde para avançarem com as decisões mais favoráveis ao
desenvolvimento das crianças e que não sejam discriminatórias.
Segundo um artigo publicado pela revista científica Diabetes Care, a 4 de setembro, a
evidência acumulada sugere que nas crianças com diabetes tipo 1, o comportamento
padrão da doença COVID-19 é igual ao de crianças sem diabetes. E, como salientado
por especialistas da área da pediatria, contrariamente à grande maioria das infeções
virais, a infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 causa um impacto menos grave
em idade pediátrica do que no adulto.
Perante as decisões que estão a ser tomadas e as evidências clínicas, José Manuel
Boavida, presidente da APDP, defende que “não faz sentido estigmatizar crianças
com diabetes por causa da pandemia. As opções de ensino à distância,
particularmente para com as crianças diabetes tipo 1, ou outra doença crónica, como
uma imposição ou obrigação, são um atentado ao seu desenvolvimento.”
A Organização Mundial da Saúde sublinha a importância dos cuidados na reabertura
das escolas, até que a transmissão do SARS-CoV-2 esteja controlada. Em vários
países as escolas já reabriram sem impacto significativo na disseminação do vírus na
comunidade. Neste sentido, a associação defende que os novos testes rápidos e
baratos podem ser a solução para que nesta fase, antes da vacina, se possa quebrar
as cadeias de transmissão.
“Temos de aceitar que este ano será diferente, mas, acima de tudo, temos de
transmitir confiança aos pais e aos encarregados de educação das crianças e jovens
com diabetes porque está provado que o risco de complicações neste grupo não é
maior. Intensificar o ensino sobre as medidas dos dias de doença em crianças e
jovens com diabetes deve ser a atitude prioritária: monitorização da glicemia,
hidratação, controlo da temperatura e nunca interromper a insulina” refere João Filipe
Raposo, diretor clínico da APDP.
“A inquietação provocada pela retoma do ensino presencial é natural, mas será ainda
pior sujeitar as crianças e os jovens a uma vida de confinamento. As crianças e os
jovens precisam do ambiente escolar, para aprender e socializar, e não será a
diabetes que os impedirá de se desenvolverem cognitivamente e socialmente”, conclui
José Manuel Boavida.
Para mais informações:
Susana Viana | susana.viana@hkstrategies.com | 91 093 36 93
Bárbara Cruz | barbara.cruz@hkstrategies.com | 92 718 98 53
Hill+Knowlton Strategies Portugal | Telefone: 21 413 62 00
Sobre a APDP
Fundada em 1926, a APDP é a associação de pessoas com diabetes mais antiga do mundo. Com cerca de 15 mil
associados, desenvolve a sua atividade na luta contra a diabetes e no apoio à pessoa com esta doença, tendo
sempre como meta a integração das pessoas com diabetes enquanto elementos ativos na sociedade. A APDP tem
sido pioneira na prevenção, na educação e no acompanhamento personalizado. Conhecer melhor a doença e
explorar novas formas de tratamento são os seus principais objetivos, a par da criação de estruturas capazes de dar
resposta aos diversos problemas que envolvem a diabetes.

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