A saúde é, numa ilha como São Jorge, um dos assuntos que deve merecer toda a atenção dos
políticos, sejam eles do quadrante político que sejam, tenham mais ou menos influência.
Costuma-se dizer na gíria popular, haja saúde que o resto resolve-se, nada mais certo e, nas
ilhas mais pequenas como São Jorge, onde não existem hospitais, temos de ter maior atenção
para com as pessoas que habitam a ilha.
Quero acrescentar que pelo fato de existirem 3 hospitais nos Açores não quer dizer que estes estes estes
hospitais apenas devem servir a ilha onde estão inseridos, se assim fosse, existiriam 9, um em
cada ilha. Na área da saúde, nos Açores, quem tem médicos especialistas nos seus quadros são
os hospitais e, nesse sentido estes 3 hospitais tem responsabilidades para com os utentes que
vivem nas ilhas sem hospital. Assim sendo o Bloco de Esquerda propõe criar uma agenda com
caracter regular e obrigatório de deslocações dos médicos especialistas às ilhas sem hospital,
para que não existam tantas diferenças entre quem vive numa ilha com ou sem hospital. A par
com estas deslocações obrigatórias dos médicos especialistas à nossa ilha devemos também
insistir numa maior abrangência das teleconsultas efetivas.
Por outro lado é também necessário criar uma regra de reserva de lugares nos transportes
aéreos das ilhas sem hospital para as ilhas com hospital, abrindo assim um corredor que
desencadeie o acesso à saúde quando necessário, aproximando as Unidades de Saúde de Ilha
aos Hospitais da Região para que os utentes não percam ou vejam adiadas as suas consultas,
exames, cirurgias ou tratamentos por falta de lugares nos transportes aéreos.
No âmbito da resolução do problema da fixação de profissionais na área da saúde à ilha é
urgente criar novos incentivos para fixar médicos de família nas ilhas sem hospital
nomeadamente São Jorge. Por outro lado é também necessário defender a carreira dos
Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, agora em luta e mais que justa, pelos seus
direitos e, novos contratos para mais enfermeiros, TSDTs, assistentes técnicos e operacionais.
Promover a correta equivalência dos demais trabalhadores da função pública regional que
exercem funções superiores à sua carreira e são renumeradas precariamente e, integrar, com
direito a contrato de trabalho e respetivo salário, dos beneficiários de programas ocupacionais
que se encontrem a desempenhar funções de caráter permanente em órgãos da
Administração Pública Regional.
É necessário também propor um acerto salarial para as pessoas que trabalham há vários anos,
para não falar em décadas, e com a subida do ordenado mínimo foram integradas neste valor,
o que consideramos ser injusto pois encaramos que deve existir alguma diferenciação pelos
anos de serviço prestado em relação a quem começa agora a trabalhar nas mesmas funções.
Por fim e não menos importante o Bloco de Esquerda Açores defende uma construção de raiz de
um novo Centro de Saúde em Velas. Os jorgenses sabem que o atual edifício não foi construído
para o fim que tem sido usado pelo que como obras que se tem feito no prédio tem sido
apenas remendos em cima de remendos e não tem trazido aos utentes de Velas as condições