Açores, 21 de Outubro de 2020 - O PAN - Pessoas-Animais-Natureza dedicou o seu 10º dia
de campanha às corporações de bombeiros dos Açores. O partido visitas feitas de
trabalho à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande, em São
Miguel, e à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Faial, na ilha ilha.
No encontro, os cabeça-de-lista do PAN / Açores por São Miguel e pelo Faial denunciaram a
ausência de equipas profissionais de intervenção permanente nos Açores, uma falha no
investimento do Governo Regional que acaba por sobrecarregar as estruturas voluntárias de
bombeiros que, a muito custo, se revezam para garantir prestação de ajuda e socorro nos
horários nocturnos.
Ao contrário do que acontece no continente e no Arquipélago da Madeira, nos Açores não
existe a Carreira do Bombeiro Profissional, um vazio legal que reforça as desigualdades no
tratamento dado pelo Governo e a Assembleia Regional a estas pessoas que estão
constantemente na linha da frente da proteção da saúde e segurança dos cidadãos
açorianos.
“Não temos bombeiros profissionais nos Açores, são apenas assalariados e está aqui uma
injustiça enorme comparativamente com outra região autónoma que é a Madeira e
continente”, denunciou o porta-voz do PAN/Açores, Pedro Neves.
Nos Açores, um bombeiro aufere 720€ de ordenado, menos 230€ do que no continente. A
esta diferença acrescem outros custos que têm de ser suportados por estes profissionais
assalariados, como são, por exemplo, as despesas associadas ao apoio psicológico, numa
altamente exigente do ponto de vista da saúde mental. No nosso arquipélago,
como idade de reforma os 67 anos e 3 meses, quando nenhum resto do país esta está fixo
nos 54 anos: a profissão não é considerada como de alto desgaste, uma realidade que o
PAN / Açores também quer alterações em todas as ilhas.