O Bloco de Esquerda vai levar mais uma vez ao parlamento uma proposta para acabar com o abate de animais saudáveis nos canis nos Açores, que é atualmente a única região do país em que esta prática ainda é permitida. A proposta, apresentada hoje em reun...
o, bloco, de, esquerda, vai, levar, mais, uma, vez, ao, parlamento, uma, proposta, para, acabar, com, o, abate, de, animais, saudáveis, nos, canis, nos, açores, que, é, atualmente, a, única, região, do, país, em, que, esta, prática, ainda, é, permitida, a, proposta, apresentada, hoje, em, reun
O Bloco de Esquerda vai levar mais uma vez ao parlamento uma proposta para acabar com o abate de animais saudáveis nos canis nos Açores, que é atualmente a única região do país em que esta prática ainda é permitida. A proposta, apresentada hoje em reunião de comissão parlamentar, pretende também que no ato da adoção de animais, seja preenchido um questionário para aferir as condições e a motivação de quem adota, para garantir uma adoção responsável e evitar situações de posterior devolução do animal adotado.
Em 2016, por proposta do PS, o parlamento decidiu que o fim do abate de animais seria aplicado nos Açores apenas a partir de 2022. O Bloco de Esquerda esteve contra este adiamento de seis anos.
Em 2017, o Bloco de Esquerda levou ao parlamento uma proposta para que a aplicação do fim do abate fosse aplicada a partir de 2018, dando um prazo razoável para que os municípios pudessem criar as condições necessárias, nomeadamente o licenciamento de Centros de Recolha Oficial. Esta proposta foi rejeitada por PS, PSD e PPM, com a abstenção do CDS e do PCP.
O Bloco volta agora a tentar acabar com esta prática vergonhosa. A proposta entregue no parlamento prevê um prazo de seis meses para que todas as autarquias criem as condições e implementem os procedimentos necessários para acabar com o abate de animais.
Na apresentação da proposta, António Lima, deputado do Bloco, salientou que quase todos os municípios dos Açores já têm estas condições criadas, e que, por isso, o prazo de seis meses é perfeitamente ajustado e responsável, não sendo necessário esperar até 2022 para acabar com o abate de animais.
A proposta do Bloco determina ainda que até à entrada em vigor da proibição do abate as câmaras municipais “são responsáveis por garantir o bem-estar dos animais que estão à sua guarda recorrendo, se necessário, a parcerias com outras entidades públicas ou privadas para o cumprimento da legislação em vigor”.
Ponta Delgada, 5 de janeiro de 2021