A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de divulgar os dados referentes ao tratamento para o enfarte agudo do miocárdio, em Portugal, no ano de 2020, e alerta a população para a importância de não adiar o seu tratamento devid...
a, associação, portuguesa, de, intervenção, cardiovascular, (apic), acaba, de, divulgar, os, dados, referentes, ao, tratamento, para, o, enfarte, agudo, do, miocárdio, em, portugal, no, ano, de, 2020, e, alerta, a, população, para, a, importância, de, não, adiar, o, seu, tratamento, devid
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de divulgar os dados referentes ao tratamento para o enfarte agudo do miocárdio, em Portugal, no ano de 2020, e alerta a população para a importância de não adiar o seu tratamento devido à pandemia Covid-19. No âmbito do Dia Nacional do Doente Coronário, que se assinala a 14 de fevereiro, a associação vem lembrar que a via verde coronária e os laboratórios de hemodinâmica continuam a trabalhar a 100 por cento e que os doentes não devem ter medo de pedir ajuda.
Segundo dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), em 2020 foram realizadas 3817 angioplastias primárias para o tratamento de enfarte agudo do miocárdio, um aumento de 2,5 por cento, face ao ano anterior. 77 por cento dos doentes tratados foram homens e a média de idades situou-se nos 66 anos.
“Apesar de os dados do RNCI terem demonstrado uma redução do número angioplastias primárias, procedimento para tratamento do enfarte, durante a primeira vaga da pandemia, conseguimos recuperar os números, no decorrer de 2020. No entanto, é preciso alertar a população que não devem ter medo de pedir ajuda, devido à Covid-19. Quando não tratado, o enfarte agudo do miocárdio pode trazer consequências graves para a saúde ou ser, até, fatal. É importante não adiar o tratamento”, alerta João Brum Silveira, presidente da APIC.
E continua: “A via verde coronária e os laboratórios de hemodinâmica, onde se efetua o tratamento do enfarte agudo do miocárdio, são seguros, livres de Covid-19, e continuam a funcionar a 100 por cento, 24 horas por dia, sete dias por semana. Não ignore os sintomas, ligue 112. Por outro lado, os doentes não urgentes devem continuar a fazer a medicação prescrita pelo médico assistente, a ir às consultas e a realizar os exames marcados.”
Com o objetivo de promover o conhecimento e a compreensão sobre o enfarte agudo do miocárdio e os seus sintomas; e alertar para a importância do diagnóstico atempado e tratamento precoce, a APIC desenvolveu e tem a decorrer a campanha de consciencialização “Cada Segundo Conta”, com o apoio do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da iniciativa Stent Save a Life, da APIC.
“Apesar da maioria das pessoas já identificarem quais são os sintomas do enfarte agudo do miocárdio, muitas vezes não atuam com a rapidez necessária. É importante que o tratamento ocorra o mais rapidamente possível, após o início dos sintomas, reduzindo, assim, o risco de mortalidade, a reincidência de enfarte e complicações associadas”, salienta Pedro Farto e Abreu, coordenador nacional da campanha. E sublinha: “Mesmo em tempo de pandemia, não adie o seu tratamento. Ligue rapidamente 112.”
Os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção para a intervenção coronária, durante a primeira vaga da pandemia COVID-19, vão ser publicados num artigo, recentemente, submetido para publicação na Revista Portuguesa de Cardiologia. Novos estudos sobre a segunda e terceira vagas serão também publicados pela APIC no decorrer de 2021.
O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes.
Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não ignore estes sintomas. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas.
Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; praticar exercício físico; vigiar o peso e evitar o stress. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt