Eleição dos Órgãos Sociais da AGITA Eleições dos órgãos sociais da Associação de Guias de Informação Turística dos Açores. As eleições decorreram hoje, dia 5 de Junho, sendo eleita a única lista candidata. Em anexo, além da nota de imprensa, enviamos ...
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Eleição dos Órgãos Sociais da AGITA
Eleições dos órgãos sociais da Associação de Guias de Informação Turística dos Açores. As eleições decorreram hoje, dia 5 de Junho, sendo eleita a única lista candidata.
Em anexo, além da nota de imprensa, enviamos um Manual de Boas Práticas criado pela AGITA e seus associados com o intuíto de colaborar com a Região na prevenção do contágio do Covid-19.
É evidente que a pandemia teve um grande impacto para a nossa classe profissional, que se encontra sem trabalho durante tempo indeterminado, factor que deu outra dimensão à criação da AGITA. É seguro dizer que estas eleições são um marco de extrema importância para os Guias do arquipélago.
Manual de boas práticas e protocolos de actuação em casos suspeitos para
Guias de Informação Turística
Com o desenvolvimento positivo na luta contra a infecção epidemiológica
COVID-19 registado na Região Autónoma dos Açores, importa agora,
prudentemente, implementar medidas por forma a retomar a actividade turística
nas nove ilhas do arquipélago. Esta retoma ponderada exige uma nova forma de
agir dentro do sector turístico para ir de encontro às novas exigências de Saúde
Pública.
O papel do Guia de Informação Turística será, sem dúvida, de grande
importância para o futuro do Turismo na Região e, como tantas outras profissões,
irá adaptar-se e reinventar-se a esta nova realidade para que possa
desempenhar as suas funções e prevenir o seu contágio e o dos seus clientes.
Por conseguinte, será fulcral a implementação de medidas que minimizem e
previnam os riscos higiénicos e sanitários aos quais está exposto ao exercer a
sua actividade.
Serve este plano de contingência para permitir uma análise dos riscos inerentes à
prestação de serviços por parte desta classe profissional assim como dar a
conhecer formas de os prevenir.
Medidas gerais
O plano de contingência para os Guias de Informação Turística prevê que o
Guia:
- Deverá manter-se informado e, se possível, participar em formações de
prevenção de riscos higiénico-sanitários na sua área de actividade.
- Terá que evitar a saudação com contacto físico, incluindo o aperto de mão,
tanto a clientes como a colegas e fornecedores. E manter a distância de
segurança estipulada por autoridades locais sempre que possível.
- Se tiver sintomas da doença, ainda que ligeiros, deve abster-se de prestar o
serviço.
- Fará uso de máscara (e/ou a viseira de protecção) de acordo com o previsto na
Lei e sempre que a distância de segurança não possa ser garantida. A utilização da máscara deverá ser de acordo com as instruções da Autoridade
Regional de Saúde, fabricante, e a sua inutilização feita de forma segura. Em
caso de
utilização de viseiras de protecção ou máscaras reutilizáveis, as mesmas devem
ser convenientemente desinfectadas após cada utilização.
- Deitar fora todos os desperdícios de higiene pessoal, especialmente os lenços
descartáveis, de acordo com as indicações da Autoridade Regional de Saúde.
- Lavar frequentemente as mãos com água e sabão, e estimular os clientes a
fazê-lo também, ou se não houver essa possibilidade, utilizar uma solução à base
de álcool. É particularmente importante lavar as mãos com sabão ou, se tal não
for possível, utilizar a solução à base de álcool após tossir ou espirrar assim
como após toque de superfícies potencialmente contaminadas (maçanetas,
balaústres, elevadores, etc.)
- Desinfectar frequentemente os objectos de uso pessoal (óculos, telemóveis,
microfones, etc.) com água e sabão e, se tal não for possível, com uma solução à
base de álcool. Para a desinfecção de equipamentos de trabalho electrónicos é
aconselhável aplicar produtos higienizantes com um pano ou utilizar toalhetes
com solução desinfectante.
- Evitar, na medida do possível, partilhar equipamentos de trabalho ou
dispositivos com outros Guias de Informação Turística ou condutores. Em caso
de alternância na utilização de determinados equipamentos ou dispositivos
(walkie-talkies, rádios guias, telefones, guarda-chuvas, etc.), o guia deve
proceder à limpeza e desinfecção dos mesmos após a sua utilização de modo a
reduzir o risco de contágio.
Informações ao cliente
Com efeito, o Guia de Informação Turística é o elo de ligação entre a
Autoridade de Saúde Regional e grande parte dos turistas que visitam a Região,
sendo de extrema importância as informações que este lhes fornece. Os turistas
deverão ser informados sobre as medidas de prevenção e higiene que lhe são
aplicáveis dentro do território em que se encontram, bem como sobre:
-As restrições, limitações ou modificações no serviço para prevenir os contágios.
-As medidas preventivas que são adoptadas durante o percurso por parte do guia
de turismo e que devem ser adoptadas de igual modo por parte dos clientes.
De salientar que as medidas a adoptar por parte dos clientes
devem ser-lhes comunicadas antes da adjudicação dos serviços e relembradas
no início dos mesmos.
O Guia de Informação Turística deverá incentivar os clientes a cumprir as
medidas que decorrem do plano de contingência e relembrá-las durante o
decorrer do seu serviço.
Programação de actividades
No que se refere à concepção das actividades, o Guia deve tomar medidas
preventivas com o fim de determinar o modo como a visita será efectuada tendo
em conta o local ou locais onde a excursão terá lugar e fazendo uma análise de
riscos e das regulamentações e/ou eventuais restrições aplicadas pelos diversos
prestadores de serviços (museus, monumentos, espaços naturais, jardins etc.).
Por exemplo:
• Elaborar percursos de sentido único para evitar cruzamento de grupos sempre
que possível (cidades/ vilas ou freguesias pequenas, centros históricos),
coordenando-se em todo o caso com outros guias.
• Evitar zonas susceptíveis de concentrações ou de aglomerações não só de
outros grupos de turistas, mas também de locais.
• Evitar espaços reduzidos: ermidas pequenas, museus com capacidade muito
limitada, etc. - Sempre que possível, deve ser estabelecido um único ponto de
carga e descarga do veículo nas zonas com maior volume de turismo, a fim de
facilitar a informação e aplicação das normas higiénico-sanitárias. Este ponto de
carga e descarga deve ser acordado com a autoridade competente e restantes
entidades envolvidas.
- Os percursos a pé e as paragens para a explicação de monumentos devem ser
realizados em espaços abertos e/ou amplos, respeitando a distância de
segurança e alertando os clientes para não se aproximarem ou evitarem tocar em
vedações, muretes e placas informativas por serem potenciais zonas de contágio.
- Deve ser estabelecido um número máximo de pessoas a quem o serviço possa
ser prestado em condições de segurança de acordo com as indicações das
autoridades (Autoridade Regional de Saúde). No caso de utilizar veículo próprio
licenciado para transporte de turistas, o Guia deverá respeitar a lei vigente na
altura.
Os prestadores de serviços
Do mesmo modo, o Guia de Informação Turística deverá conhecer os
protocolos higiénico-sanitários utilizados pelos prestadores de serviços dos locais
incluídos no seu percurso (hotéis, restaurantes, museus, áreas protegidas, ...) e
coordenar com os mesmos acções a fim de evitar aglomerações à chegada dos
grupos, por exemplo: - Enviando a lista de clientes. - Distribuindo as chaves dos
quartos dentro do veículo. - Chegando ao hotel/ museu/ monumento/ restaurante/
jardim de forma escalonada.
Desenvolvimento de actividades e medidas preventivas
As seguintes medidas preventivas devem ser aplicadas no desenvolvimento
das actividades:
Antes de iniciar o percurso/visita:
- O Guia de Informação Turística deve fornecer informação sobre as
medidas em vigor na Região Autónoma dos Açores e mostrar que está ao
corrente dos protocolos a utilizar em caso de suspeita de contágio ou noutras
situações que possam decorrer devido à existência desta pandemia. Importa
reforçar e incentivar a aplicação de todas as medidas existentes para o bem e
segurança de todos (evitar tocar em superfícies, manter a distância de
segurança, usar máscara, lavar frequentemente as mãos, ...)
- O guia de turismo deve informar o grupo sobre a forma como a visita irá
decorrer dando ênfase às normas e/ou eventuais restrições aplicáveis nos
diversos locais incluídos na excursão.
- Devem evitar-se as formas de saudação e/ou despedida que impliquem
contacto físico com o cliente.
- Deve ser utilizada uma capa descartável por pessoa aquando do uso de
microfone ou deve ser feita a sua desinfecção regular visto ser um objecto
utilizado consecutivamente por vários guias. Ou, em alternativa, devem ser
privilegiados outros meios que não impliquem partilha, como é o caso de
microfones sem fios.
Durante o percurso/ visita:
- O Guia de Informação Turística deve transmitir sempre tranquilidade e
confiança na aplicação deste protocolo. Durante o percurso deve recordar ao
cliente o cumprimento deste protocolo de medidas.
- A identificação do Guia de Informação Turística, bandeirola ou crachá, sempre
utilizados de forma visível durante o serviço, devem estar correctamente
higienizados.
- O guia deve desinfectar as mãos com solução à base de álcool durante a
excursão, usar sempre e verificar a utilização por todos dos meios de protecção
indicados pelas autoridades competentes, como no caso de máscaras em
situações exigidas por lei.
- O guia de turismo que opte por usar luvas deve colocá-las à frente dos
visitantes e utilizá-las correctamente.
- Utilizar Headsets/ Whispers/ guias devidamente desinfectados, devem ser
pessoais e intransmissíveis ou de utilização única. Outras alternativas podem ser
consideradas como aplicações que funcionam com o telemóvel do turista.
- Deve evitar-se a distribuição de material impresso como mapas e brochuras. Se
tal não for possível, estes devem encontrar-se plastificados, ser de fácil limpeza e
desinfecção ou de utilização única.
- O horário previsto para efectuar o serviço deve ser respeitado, tanto quanto
possível, a fim de evitar incidentes. Devem evitar-se improvisos que afectem o
desenvolvimento e o itinerário da visita.
- O trabalho dos outros colegas e a coordenação com os mesmos devem ser
sempre respeitados, sobretudo em locais com ruas estreitas, acessos a
monumentos, entre outros. A distância de segurança entre o guia e os clientes
deve ser mantida durante todo o percurso. Se tal não for possível, deve utilizar-se
uma máscara e incentivar os clientes a utilizá-la também. Para facilitar a
comunicação com clientes com deficiência auditiva recomenda-se a utilização de
viseiras.
Após o percurso e durante a despedida:
- Evitar o uso de dinheiro e privilegiar o uso de cartão ou
outros meios electrónicos em cobranças e pagamentos de serviços e/ou
fornecedores. Por
exemplo, pagamento prévio por página web. No caso de manipulação de
dinheiro, as mãos devem ser lavadas ou desinfectadas o mais rapidamente
possível.
- Os materiais de protecção utilizados (máscaras, luvas, etc.) devem ser
convenientemente eliminados de acordo com as indicações das autoridades
(Autoridade Regional de Saúde).
Protocolo interno relativo ao surto de coronavírus COVID-19.
Procedimentos tendo em vista as precauções básicas de prevenção e
controlo de infecção relativamente ao surto de coronavírus COVID-19:
• Higienização das mãos: lavar as mãos frequentemente com água e sabão,
durante pelo menos 20 segundos ou usar desinfectante para as mãos que tenha
pelo menos 70o de álcool, cobrindo todas as superfícies das mãos e esfregando-
as até ficarem secas.
• Etiqueta respiratória: tossir ou espirrar para o antebraço flectido ou usar lenço
de papel, que deve ser imediatamente deitado ao lixo; higienizar as mãos sempre
após tossir ou espirrar e depois de se assoar; evitar tocar nos olhos, nariz e boca
com as mãos.
• Conduta social: alterar a frequência e a forma de contacto entre os guias e
restantes colaboradores (condutores, empregados de mesa por exemplo) e entre
estes e os clientes, evitando (quando possível) o contacto próximo, apertos de
mão, beijos, postos de trabalho partilhados, reuniões presenciais e partilha de
comida, utensílios, copos e toalhas.
• Efectuar a auto monitorização diária para avaliação da febre, verificação de
tosse ou dificuldade em respirar.
• Executar as orientações da Direcção Regional da Saúde para limpeza de
superfícies e tratamento de roupa.
Designação dos responsáveis
Ter conhecimento de qual o colaborador responsável por accionar os
procedimentos em caso de suspeita de infecção (acompanhar a pessoa com
sintomas a um espaço de isolamento ou afastar de imediato do restante grupo,
prestar-lhe a assistência necessária e contactar a Linha de Saúde Regional -
808 24 60 24).
Conduta
Auto monitorização diária para avaliação da febre, existência de tosse ou
dificuldade em respirar.
Como agir perante os clientes, formas de apresentação/cumprimento, ....
• manter a distância entre funcionários, evitar contactos físicos, incluindo os
apertos de mão.
• manter o cabelo apanhado
• desaconselha-se o uso excessivo de adornos pessoais (pulseiras, fios, anéis,
etc.)
• Devem conhecer bem os produtos a utilizar (detergentes e desinfectantes), as
precauções a ter com o seu manuseamento, diluição e aplicação em condições
de segurança, como se proteger durante os procedimentos de limpeza dos
equipamentos.
Stock de materiais de limpeza e higienização (para uso pessoal).
• Stock de materiais de limpeza de uso único proporcional às dimensões do
serviço prestado, incluindo toalhetes de limpeza de uso único humedecidos em
desinfectante, lixívia e álcool a 70o.
PARA OS CLIENTES (enquanto guias não nos compete fornecer e sim
certificar que a entidade organizadora/ contratante fornece).
Equipamento de protecção individual.
• Em número suficiente, tendo em conta a capacidade máxima dos grupos;
• Fornecimento de higienizadores de mãos à base de álcool,
sempre que se justifique, aos participantes nas actividades;
• Outros equipamentos de protecção individual que se considerem relevantes em
função da actividade, como por exemplo máscaras, luvas, viseira.
Conduta
• Definição de regras de utilização de equipamento e de meios de
transporte em concordância com as orientações de distanciamento social
recomendadas pela Autoridade Regional de Saúde.
PARA A ORGANIZAÇÃO
• Zelar pela manutenção da distância social de segurança entre os
participantes nas actividades, de acordo com as recomendações da Autoridade
Regional de Saúde.
• Zelar pela ocupação máxima dos meios de transporte utilizados nas actividades,
de acordo com as recomendações da Autoridade Regional de Saúde.
• Zelar pela distribuição de informação, no âmbito da actividade,
preferencialmente em suporte digital/online.
• Zelar pelo cumprimento de protocolos internos de higienização e segurança por
parceiros envolvidos nas actividades.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE SUSPEITA DE INFEÇÃO
PLANO DE ATUAÇÃO
• O Guia de Informação Turística na ausência do colaborador responsável,
deve prestar a assistência necessária ao suspeito de infecção e contactar a
Linha de Saúde Regional - 808 24 60 24.
• Armazenar os resíduos produzidos pelos suspeitos de infecção em saco de
plástico que após fechado deve ser segregado e encaminhado de acordo com as indicações dadas pela Autoridade Regional de Saúde para a
gestão de resíduos hospitalares com risco biológico.
Conclusão
O sector do Turismo será dos mais afectados por esta pandemia e
consequente crise económica, urge traçar planos e preparar uma retoma
progressiva que aponte a Região Autónoma dos Açores como sendo um bom
destino de férias apesar da existência do COVID-19. Daí que, neste documento,
estabelecemos guidelines que possam orientar os Guias de Informação Turística
na prestação dos seus serviços recomendando os comportamentos que devem
ser seguidos para que se possa contribuir para o processo de reabertura da
actividade turística na Região.
As boas práticas adoptadas neste momento trarão credibilidade e
reconhecimento para todo o sector e irão permitir aos Açores um posicionamento
de destaque no panorama internacional. Entendemos, por isso, ser de extrema
importância a criação e divulgação de protocolos de emergência que permitam
aos profissionais da área do Turismo, como os Guias, agir de forma proactiva
demonstrando no terreno a capacidade de transformar esta adversidade numa
oportunidade de distinção positiva do destino Açores.
Com o intuito de contribuir, os guias foram ouvidos e efectuaram-se ainda
diferentes pesquisas com o objectivo de identificar o que os demais destinos
estão a eleger como boas-práticas, tendo-se, sempre presente, o conjunto das
orientações da Organização Mundial da Saúde, nomeadamente, os critérios que
devem ser observados durante um processo de retoma da actividade.
Agita Açores
